A vida é a seqüela do parto
O parto é uma doença
Que acomete o ser humano
Cedo ou tarde o mata
Quando o parto é fulminante
Mata a mãe na hora da luz
E é passado pra criança.
Mas há também o benigno:
É quando a mãe sobrevive do parto
E continua a morrer só do seu próprio
E o menino segue com um só pra si
E se for menina, ainda há um risco:
Ela pode contrair outro parto
E nesse caso é que pode ser fulminante
E se for, ela morre do segundo e não do que tinha.
E se morrer, o primeiro parto parte com ela,
Mas o segundo parte com a criança.
Se for fulminante mesmo, dos bons,
Leva tudo: Mãe e criança e sobra na cabeça do pai!
E aí esse é o pior, pois o parto se hospeda na cabeça dele
E ele morre de depressão, loucura, ou solidão.
Às vezes a mãe escapa do fulminante
Mas aí o imberbe não, e vai embora pra sempre.
E o parto se divide em dois: na cabeça da mãe e do pai
E fica todo dia neles, com contrações que não desembocam.
E assim vamos todos vivendo
E assim vamos todos morrendo
Dessa doença que chamaram de vida
Mas que eu prefiro chamar de Parto.
É o nome mais apropriado:
Eu parto, ela parte,
Se não agora, em outra hora,
Mas que estamos partindo...
Ah, isso estamos todos!
O parto é uma doença
Que acomete o ser humano
Cedo ou tarde o mata
Quando o parto é fulminante
Mata a mãe na hora da luz
E é passado pra criança.
Mas há também o benigno:
É quando a mãe sobrevive do parto
E continua a morrer só do seu próprio
E o menino segue com um só pra si
E se for menina, ainda há um risco:
Ela pode contrair outro parto
E nesse caso é que pode ser fulminante
E se for, ela morre do segundo e não do que tinha.
E se morrer, o primeiro parto parte com ela,
Mas o segundo parte com a criança.
Se for fulminante mesmo, dos bons,
Leva tudo: Mãe e criança e sobra na cabeça do pai!
E aí esse é o pior, pois o parto se hospeda na cabeça dele
E ele morre de depressão, loucura, ou solidão.
Às vezes a mãe escapa do fulminante
Mas aí o imberbe não, e vai embora pra sempre.
E o parto se divide em dois: na cabeça da mãe e do pai
E fica todo dia neles, com contrações que não desembocam.
E assim vamos todos vivendo
E assim vamos todos morrendo
Dessa doença que chamaram de vida
Mas que eu prefiro chamar de Parto.
É o nome mais apropriado:
Eu parto, ela parte,
Se não agora, em outra hora,
Mas que estamos partindo...
Ah, isso estamos todos!
(Fernando Vieira, sexta-feira 13 de 2009)
Muito bom o texto, a brincadeira de partir com o parto!
ResponderExcluirgostei ^^
ps: Eu sei que aparente ser bem maluco, ainda mais que todo vez que nos encontramos eu estou elétrico, mas é por que de fato assim eu sou! =p... claro que as vezes eu respiro ai acho que as coisa ficam mais "amenas"!
Partimos não só do fato do Prto, como do partilhar... etc etc e etcs.
ResponderExcluirO texto é lindoooooo.... Feia é a foto.....kkkk
ResponderExcluirAmei migo! bjo