terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Não banca a banca!


Você que faz do amor uma roleta,
Jogando minhas fichas com a sorte.
Não vê que não sou dado a vícios?
Meu coração não é um Cassino.

Você que embaralha minha mente,
Cortando minha vida em seguida
E joga-me em partes à roda,
Pensando ser essa a sua mão,

Presta atenção: Lê minhas regras,
O manual é tão acessível!
Só se pode vencer uma máquina
Se o caça-níquel estiver saturado!

Você pensa que está ganhando,
Mas depois vê que gastou tudo.
Todos esses jogos em que se esbalda,
Não valem um amor perdido.

Não há parceria no Pôker,
No Truco é só roubalheira.
Eu não vou apostar minha vida
Numa cartela viciada de Bingo!

Goza sozinha, na sua ilusão,
Pensando que a vida é feita de apostas.
Você deveria ficar longe dos bingos
E não viciada em fazer sedução!

(Fernando Vieira – Terça-feira de Fevereiro).




3 comentários:

  1. HaHa
    Depois do embate ontem sobre poemas....
    Precisava eu vir aqui e comentar sobre um:
    Poemas são feitos para ler e reler, pensar que já sabe-se o final mas ver que no fundo nunca vai saber-se o que relamente é ou deixa de ser.

    Pensando em jogos.... Precisava ter visto o espetáculo "Sistema Nervoso"!!!
    [:)]

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  2. ainda no embate de poemas...

    esse foi um que eu gostei! cheio de signos e simbologia.

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