segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Leco-leco


O Leco que é reto,
Pediu-me este treco,
Estand'ambos num lero,
Abaixo de um teto.

"Leco de perto
Leco no beco
Um teco de Leco
É mais que dois terços.

Na cena não perco
Um lance do Leco.
Se o palco está seco
É porque não está perto.

O Leco é o eco
De todos Lelecos
Que inspiram os Nelsons
Que escrevem tão certo!"

Liberto não peco,
E a favores não meço:
Com versos no metro
Presenteio-te Leco!


(Poema "pago" ao Leco - Vocês são minhas testemunhas).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Dia chuvoso, lembrança ensopada.

Cai a chuva durante o dia
Ensopa a cidade, entupida
As águas cobriram a via
A via por baixo trepida.

Chove tua imagem na calha
A calha que eu tinha entupido
Julgando não ver tua cara
Se um dia tivesse chovido.

A água que molhava a terra
Descia pela galeria
Subindo em silêncio, não berra
Em breve o chão ruiria.

Cai o teu nome no peito
Ensopa minha solidão
As águas subiram do leito
Das veias do meu coração.


(Fernando Vieira - Sobre a reaparição de Patrícia - 01/02/2010).