terça-feira, 23 de agosto de 2011

Fala Baixo!!!

- Bom dia chefe! O senhor foi multado.
- Multado por quê? Não sei nada disso.
- É que fora de hora, lá fora, pus o lixo;
O mendigo fuçou, deixou tudo espalhado.

“O mendigo na rua pode ficar solto!
Suja a rua toda aumentando o meu imposto!”
- Fala baixo chefe, senão tu vai em cana;
Aqui não pode é trabalhar, vagabundo é que é bacana...

- Boa tarde chefe! Roubaram a tua grana.
- Só faltava essa! Prenderam a quadrilha?
- Prenderam o escambau! Isso vai contra a Cartilha;
É o bando das meninas, lá da Vila Mariana.

“Criança rouba, e a Unesco dá a “bença!”
Comigo todas elas amargavam uma sentença!”
- Fala baixo chefe, que a justiça não é surda;
Se te ouvem dizer isso, tu recebe é uma surra...

- Boa noite chefe! O país abriu falência.
- Como assim, se o PIB era crescente?
- Na cadeia foi parar todo mundo que é decente;
Hoje solto aí está os que adoram a negligência.

“Meu Deus do céu! Quando deu-se este engano?
Quem julgou que essa gente se comporta como humano?”
- Um cretino que espalhou que infratores têm direitos!
“Fala baixo meu amigo, pois senão nos dão um jeito;
Se tu fala o que tu pensa, na cadeia ganha um leito.”

                                                        (Fernando Vieira – Sobre os dias atuais 23/08/2011).



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sem Estima






A história do Sem Estima
É tão fácil de contar:
Começa com seu sobrenome
Que do qual vem se gabar.

Ele vive e mora em Sampa,
Sem Estima G. Dorigo.
Ama tanto o Estrangeiro...
"Lá é bom até o mendigo!" - Como assim?

Diz que eles são decentes,
Sejam gringos, argentinos.
Fuçam o lixo com decência
E no trato muito finos.

Sem estima decidiu
Que é melhor ser estrangeiro.
Nunca deixa o tal "Jeitinho",
Mas não quer ser brasileiro.

"Nos States, por exemplo,
São corretos, nunca vi:
Lá não rola a tal propina
Que é mania por aqui".

Oh! Coitado desse homem!
Abre o olho, Seu Dorigo:
Eles só tapam buracos,
Não escapa nem o umbigo.

Tão teimoso que ele é,
Decidiu tornar-se um gringo,
Pois o Sonho Americano
Sempre teve por abrigo.

Não percebe o Sem Estima
Que nos tratam do postigo.
Nos States hoje vive
Sob o traje de um mendigo!








(Fernando Vieira - 26/05/2011 - Homenagem ao Sr. Sem Estima G. Dorigo)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

DEIXEM-NO OU AMEM-NO






Aos Paga-paus do estrangeiro
Que se envergonham do brasileiro.
A todos que ferem a Mãe Gentil:
Vão pra Puta que lhes pariu!

Aos Hipócritas sem texto
Que buscam lá parentesco
Repetindo o mesmo jargão:
"Queria nascer no Japão"!


Saibam que eu sou do Brasil.
Nação como essa ninguém nunca viu.
Se aqui se faz merda, na Europa também,
Embora as daqui não aprova ninguém.

Por que se espantam com o Franco e o Saxão?
Vivem a louvar tal civilização!
Depois de tantos séculos de vida,
Educação, pelo menos, deve ser obtida.

Facismo, Nazismo, Inquisição.
E a besta se gaba do pé em Milão!
OTAN, Afegão, Hiroshima?
Quem curte o Tio Sam não tem auto-estima.

Quanto a mim eu sou um latino.
Me acabo no mambo, no samba me atiro!
Feliz por nascer sob o sol derradeiro,
Morro de orgulho de ser brasileiro!



Pronto, falei!!!!!!



Fernando Vieira - Cansado de ler e ouvir asneiras - 19/05/2011)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Canção por um protesto ou Greve Geral


Você trabalha dia após dia
Já nem respira.
Acorda cedo e dorme tarde
E eu estou sozinha.


Os homens maus daqui
Me roubam e violentam.
Cadê você? Cadê? Cadê você?


Se você todo parar um dia
Um dia inteiro...
Se nessa idéia, você parasse
Por sete dias...


Os homens maus daqui
Perdiam quase tudo.
Se você pára, todo mundo pára.


Alguém atenda aqui em Goiás
O telefone!
Porque o povo de lá de Sampa
Não vai parar.


Alô, escuta eu sou Brasília
A sua filha:
Os homens maus daqui me comem viva.


(Fernando Assunção - Sobre o Brasil que não muda 11/01/2011)