Eu espero o dia
Que propulsando no espaço
Façamos chegar a luz
Criando o mormaço.
E com árvores Hightecs
Raízes de titanium,
A fotossíntese mecânica
O oxigênio pra Marte.
Aprendizados fodidos
No constante ferrar e ser ferrado:
Marte será a Utopia, nós seremos deuses.
Deuses falhos, em quem células sintéticas botarão sua fé.
Até que um asteróide qualquer
Quebre nossos espelhos de propulsão
E marcianos morram congelados,
Dando-se conta do quão pequenos eram seus deuses.
E Deus, rindo de tudo isso,
Enquanto esquenta o Sol no seu limite
O fará explodir, matando muitos de nós, também de frio
Pondo-nos em nossos devidos lugares.
E finalmente, postos em nossa infinita mediocridade
Rezemos, oremos, ofereçamos sacrifícios e trabalhos
Na esperança de um milagre misericordioso
Que nos faça aquecer, reviver...
E o Deus misericordioso,
Num truque físico escondido na manga
Faça a compressão fundir o hidrogênio:
Haja hélio!
E Júpiter, o planeta estrela
Bem menor que o Sol
Mas bem mais perto de nós
Será o nosso segundo astro Rei.
Vamos lá!
A vida Continua.
(Fernando Assunção - Sobre as possíveis formas de continuar. 18/06/2010)
sexta-feira, 18 de junho de 2010
segunda-feira, 7 de junho de 2010
As desinências da vida
E se tudo que nos resta for amar?
E se tudo for o mar?
E se o ar?
E "r"?
Pra sempre sem fim.
Ahh! O infinitivo:
A sugestão por fazer
Suspensa na mente.
Amar?
Comer?
Negar?
Fazer?
A dúvida é o infinito
Constante martelar.
Os desejos, a cruz e a espada!
E não saber é eterno.
E se tudo for o mar?
E se o ar?
E "r"?
Pra sempre sem fim.
Ahh! O infinitivo:
A sugestão por fazer
Suspensa na mente.
Amar?
Comer?
Negar?
Fazer?
A dúvida é o infinito
Constante martelar.
Os desejos, a cruz e a espada!
E não saber é eterno.
(Fernando Assunção 07/06/2010)
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