terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Princesa

Puseram na cabeça dela que era uma princesa. Isso não me foi novidade. Eu sempre soube que toda mulher acredita que seja, de fato, uma princesa. Mais do que isso: acreditam, impiamente, que sejam estrelas grandiosas como o Sol. Eis aí o maior engano, pois os astros não possuem movimento de rotação, e é isso o que é a vida de uma mulher, rotar em torno de si mesma, mascarando sua auto-idolatria com fragilidades e meiguices, dizendo elas serem esses os motivos de não suportarem a dureza masculina, a verdade dura e rude masculina. Não é nada disso, é apenas seu amor próprio ferido. Nelson Rodrigues mesmo diz que toda mulher nutre um amor lesbiano por si mesma. É fato.
Desconfie de toda dedicação feminina. Desconfie meu caro. Não se trata de abnegação, em nome de uma amor sublime que sinta por alguém. Elas sabem que, mais cedo ou mais tarde, esse ser vil - o homem - com suas praticidades grosseiras lhes dará azo para fazerem-se de vítima e, tenha certeza, vão se fazer de vítimas. É nessa hora que o homem mostra toda sua estupidez humana e assume para si uma culpa que não é sua. Dessa forma, e já vão aí algumas décadas, de tanto que assumimos culpas absurdas, fomos crescendo acostumados a aceitar que não passamos de dragões, corcundas ou sapos nesse enorme conto de fadas que se tornou a vida moderna. Até que, de repente, de tanto que se calou, esse homem-dragão explode e acorda num mundo novo, onde toda cegueira inexiste.
O que ele vê? Que na verdade é ele quem esteve preso na torre, junto com tantos outros homens, que se tornaram escravos dessas megalomaníacas reais, vivendo a vida inteira em função de uma realeza que continua a exercer um despotismo absurdo contra a psiquê de seres que apenas as veneram.
Há aqueles que acreditam tanto nesse conto da carochinha que preferem travestir-se delas, não porque acreditem que vieram no corpo errado, mas sim porque incoscientemente acreditam que ser homem é a coisa mais vil que podia acontecer a um humano.
Estou feliz com minha masculinidade - e que me chamem de machista - estou feliz por não estar disposto a alimentar as frescuras reais de nenhuma princesinha alienada.

2 comentários:

  1. mmm, só com esse texto eu não conseguiria emitir uma opinão sobre o assunto. levando em conta até que ponto eu defenderia a classe ou até que ponto eu pararia para pensar. hahahaha
    seria preciso um diálogo, um debate!
    sim?
    rssss
    mas o que posso colocar como fato é que nada nunca é generalizado! :o))
    afinal, antes de pensar nos sexos, somos todos pessoas, todos humanos!

    beijosss!

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  2. A resposta é dúbia e talvez até inexistente! hahahaha

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