terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Humano sitiado.


Eu vejo a maldade nos olhos do menino
A inocência foi violentada
Até ela perdeu a pureza
Soltou suas mãos da esperança


Eu vejo o mal tomado por prazer
E a traição é tida por virtude
A vaidade engorda em nossos dias
Esfregando a escassez na cara das gentes


Um mendigo pede o pão e a criança lhe nega
Ele chora com os olhos e diz: Só um pão, só um pão...
O medo não abre os ouvidos, apenas os olhos tomados de terror,
Que por não verem mais o homem, permitem ao cérebro trabalhar:

Era só um pão, só um pão, só um pão...!

(Fernando Vieira).


3 comentários:

  1. Eu adorei o poema todo!
    E adorei principalmente o segundo verso!

    Você precisa fazer uma oficina muito bacana que tem.... Ali na Barra Funda, assim que abrir inscrições eu vou te avisar!!!
    :))

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  2. Opa.
    Te mandei um e-mail...
    Se puder me ajudar....
    Aguardo sinal de fumaça!

    Abraços.

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  3. tomados por uma força maior não notamos que era só um pão

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